Ainda na ressaca dos festejos pela nova Ponte eis que os nossos autarcas começam a mudar a tónica do discurso. Já não é a satisfação e a alegria, já não são as facilidades, o desenvolvimento do concelho e a criação de emprego que a nova infra-estrutura vai trazer para o Barreiro.
Pela primeira vez se admite publicamente o impacto negativo da Ponte na cidade. O Sr. Vice-Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Joaquim Matias, fala mesmo na necessidade de a cidade “ter de se adaptar a esta nova estrutura para que o Barreiro não fique nem encafuado nem congestionado” e sente-se mesmo na obrigação de nos garantir “que o município está a trabalhar para maximizar os benefícios e minimizar os impactos negativos”. In “Jornal do Barreiro” de 25 de Abril de 2008
Não sei se hei-de ficar preocupado ou em pânico. Olhando para o passado tenho que admitir que, a maior parte do que foi feito pela autarquia primou por nos deixar pior do que estávamos ou ser inconsequente.
Mais uma vez fico confundido quando recordo que uma solução “tão estudada”, chegámos mesmo a ouvir Carlos Humberto referir “mais de 20 anos de estudos aprofundados” para agora ficarmos a saber por Joaquim Matias que afinal tanto estudo, ainda precisa que seja a Câmara Municipal do Barreiro a contrapor soluções para minimizar os impactos negativos no Barreiro. E mesmo assim só se fala em minimizar.
E a Câmara Municipal do Barreiro tem técnicos que consigam ombrear com os da RAVE e Estradas de Portugal para minimizar os impactos negativos que os primeiros não foram capazes de minimizar em “estudos aprofundados”?
Não duvido que a autarquia tenha tal património técnico, no entanto apetece-me perguntar por onde andaram estes técnicos ao longo de tantos anos, quando o Barreiro tanto precisou deles? Onde estavam quando se aprovou o Forum/Quinta das Cordoarias, no centro do Barreiro? Porque não minimizaram (nem previram) este impacto visual, viário e económico?
Que andam a fazer estes técnicos quando, recentemente, permitiram que se traçasse um arruamento para ligar o Barreiro ao Lavradio, pelo interior de uma zona empresarial que é a única mancha significativa de emprego no concelho (4000 postos de trabalho e 300 empresas que irão ver a sua movimentação condicionada pelo trânsito diário de milhares de viaturas)?
Quem são esses técnicos que permitiram a construção da Quinta da Mina que, menos de 8 anos após a sua construção necessita reparações orçadas em quase 1M€? Que trabalhos desenvolvem esses técnicos que ainda não souberam mostrar aos nossos políticos a necessidade de reparar os arruamentos mais movimentados da cidade, que estão cheios de buracos? (ver exemplo da Rua Miguel Pais, da Rua da CUF e a da Rua Dr. Manuel Pacheco Nobre, entre outras).
Escreve o “Jornal do Barreiro” no artigo em que cita Joaquim Matias que o município se depara com “um trabalho profundo que consiste em saber como inserir a ponte no Barreiro”.
Que pode o município definir num projecto de interesse Nacional? Alguma coisa depende da Câmara Municipal? Quando se tomou uma decisão política, que agora se sabe ir destruir em Palmela cerca de 20 hectares da melhor vinha do mundo, em que medida pode a Câmara do Barreiro condicionar esta opção?
Não estaremos de novo em bicos de pés ou, pior que isso, não estamos a atirar areia para os olhos da “malta”?
Quando os nossos autarcas deveriam ter tido a lucidez de estudar as consequências do impacto desta mega infra-estrutura, na cidade e no Concelho, gritaram a plenos pulmões que o Barreiro queria a Ponte. Os mesmos, dizem-nos agora, quererem negociar com o Governo para exigir portagens virtuais e uma “Gare do Oriente em vez de uma Santa Apolónia”.
A atitude do executivo camarário, que não é muito diferente da atitude das restantes forças políticas do Barreiro, é um autêntico “faz de conta que sabemos”, um “querer mostrar que se está perfeito conhecedor do que se passa e se decide” sem, contudo, conseguir esconder que tudo está a passar ao lado da Câmara do Barreiro.
A decisão, sobre o que parece serem as duas opções de traçado, está em cima da mesa da RAVE e até o LNEC “recomenda”, agora, a desfasar a construção da linha férrea da componente rodoviária, chegando mesmo a falar desta como uma segunda fase do empreendimento.
Não obstante estas evidências os nossos autarcas ajudam a RAVE a esconder o jogo quando deveriam, pelo contrário, ser os primeiros a clarificar a situação e a divulgá-la aos primeiros interessados, aqueles que vivem na proximidade das hipóteses de traçado consideradas.
Este silêncio, esta falta de divulgação de informação cria intranquilidade nos munícipes. Como é possível que um empreendimento deste tipo, que condiciona a vida de todos quantos vivem e trabalham no concelho do Barreiro, não mereça a publicação, no site da autarquia, da informação já disponível sobre o assunto?
Quando se fala de participação das populações na vida do concelho o site da câmara limita-se a revelar os fait-divers do quotidiano da gestão diária da autarquia, as iniciativas estéreis dos protocolos assinados, das visitas VIP da vereação a esta ou aquela organização, a pavimentação ou o arranjo de logradouros. O que é importante fica de fora!
Seria bom que, de uma vez por todas, os nossos políticos entendessem que 34 anos perdidos são mais que suficientes para admitir a incapacidade das suas propostas, das suas práticas e dos seus métodos de trabalho. Não falo em particular de nenhuma força política, mas de todas em especial.
O Barreiro perdeu 34 anos, durante os quais a centenária linha ferroviária do Sul se mudou para o Pinhal Novo, a CUF e a Quimigal morreram, não por falta de solidariedades, como referiu Carlos Humberto no programa Prós e Contras da RTP1, mas devido a discursos inflamados aos portões das fábricas, plenários sucessivos e greves com portões fechados a cadeado, incitadas por políticos locais que haveriam de liderar a autarquia e dar continuidade a uma política que teimou em desaproveitar recursos, humanos e materiais, desde que estes não se inscrevessem em determinada linha de ideais partidários.
O Barreiro perdeu 34 anos assistindo a duvidosas operações de loteamento como a Quinta dos Fidalguinhos, fase 1 e fase 2, a urbanização da Escavadeira, a Quinta das Naus, a Quinta das Cordoarias, do Alto da Vila (onde foi destruída uma mancha de pinheiros, junto ao cemitério da Vila Chã), ou o recente loteamento industrial junto à Mata da Machada, em Palhais, entre outras.
Quantos postos de trabalho foram criados com esta política imobiliária? Que qualidade de vida resultou daqui para o Barreiro e para os seus habitantes? Onde foram aplicadas as taxas cobradas com as licenças para tanta construção?
O pacote de rebuçados que nos apresentaram começa agora a mostrar o seu conteúdo. O Forum Barreiro da Quinta das Cordoarias começa a mostrar à população ter sido apenas um pretexto para permitir um empreendimento massivo de fogos de habitação que se pretendem vender a preços de luxo. Para quem? E se não forem vendidos que fazer com tamanho mastodonte?
A nova Ponte vai obrigar a demolir a Escola Álvaro Velho, introduzir uma praça de portagem entre o Hospital e o Campo dos Galitos e, muito provavelmente à demolição de uma franja de edifícios no Lavradio. A garagem dos TCB ou a sub-estação da EDP também não escaparão a esta necessidade nacional bem como a Escola 2-3 Padre Abílio Mendes e o ginásio da Secundária Augusto Cabrita.
A IC21, transformando-se numa via com portagem, deixará de servir de rodovia local. Vamos voltar ao Barreiro de há 30 anos atrás quando para irmos do centro do Barreiro para a Vila Chã tínhamos duas alternativas - pela Quinta da Lomba ou pela Baixa da Banheira, neste caso via Fidalguinhos.
O Mercado 1º de Maio aguarda pelo projecto que Juan Busquets ainda não fez, apesar de, para ir disfarçando, já estarem montadas as barreiras metálicas de protecção à obra transformando o centro do Barreiro numa paisagem de aspecto confrangedor. A pressa foi tanta que nem o abrigo da paragem de autocarros foi mudado para a nova localização desta e o quiosque dos jornais ficou escondido atrás dos tapumes.
Enquanto a APL termina as obras na Av. Bento Gonçalves vão caindo casas no Barreiro Velho e sendo colocadas placas sinalizando os buracos que vão aparecendo nos pavimentos dos arruamentos, da própria avenida e nas ruas interiores do Barreiro Velho.
Com a administração do parque empresarial do Quimiparque assinam-se protocolos que transformam terrenos que sendo do Estado Português são de todos nós, em terrenos que servem interesses privados, como é o caso do novo arruamento que, sendo construído a expensas do Quimiparque, servirá o novo Centro Comercial Forum Barreiro.
Junta-se a este interessante protocolo o excelente negócio dos Bombeiros Sul e Sueste a quem serão oferecidos dois edifícios, no interior do Quimiparque, a custo zero, mas completamente remodelados e equipados, de novo a expensas desta empresa de capital público, depois de a mesma ter cedido um terreno para a construção do quartel definitivo desta corporação, no valor de algumas centenas de milhares de euros.
Nada de espantar uma vez que é também o Quimiparque que está a suportar os custos das obras de adaptação do antigo refeitório da zona têxtil, para que nele funcione a esquadra da PSP e é ainda esta mesma empresa que irá pagar as obras de remodelação de um conjunto de edifícios, das antigas fábricas da Sotinco, para os entregar à autarquia, que neles instalará alguns dos seus serviços.
Quanto à ligação entre o Barreiro e o Lavradio através do parque empresarial, outro dos protocolos assinados, obriga a que seja também o Quimiparque a executar, pagar e manter em perfeitas condições as alterações a fazer à rua interior do complexo para a tornar pública.
Para quem fala tanto em incentivar o investimento, para quem não se cansa de aparecer em cerimónias a elogiar os empresários que investem no concelho e até a apadrinhar alguns investimentos (outras vez na área do imobiliário) é no mínimo estranho que se tenha optado por ligar o Barreiro ao Lavradio partindo ao meio, o parque empresarial do Quimiparque.
Afinal em que ficamos, Sr. Presidente Carlos Humberto, queremos mesmo o Quimiparque com empresas ou os 300 hectares pretendem-se transformados em taxas para licenças de construção?
E que pretende a administração do Quimiparque? Esbanjar dinheiro público, tornar economicamente inviável um parque empresarial com potencialidades, como poucos têm em Portugal, para justificar a sua alienação em lotes para construção de habitação?
Que se ganha com isto? Terá o Estado mais interesse nisso ou em manter os actuais 4000 postos de trabalho existentes e até aumentá-los para 5000 ou 6000?
Minhas senhoras, meus senhores gostava mesmo de saber o que vai na cabeça desta gente, palavra de
Captain Jack
Pela primeira vez se admite publicamente o impacto negativo da Ponte na cidade. O Sr. Vice-Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Joaquim Matias, fala mesmo na necessidade de a cidade “ter de se adaptar a esta nova estrutura para que o Barreiro não fique nem encafuado nem congestionado” e sente-se mesmo na obrigação de nos garantir “que o município está a trabalhar para maximizar os benefícios e minimizar os impactos negativos”. In “Jornal do Barreiro” de 25 de Abril de 2008
Não sei se hei-de ficar preocupado ou em pânico. Olhando para o passado tenho que admitir que, a maior parte do que foi feito pela autarquia primou por nos deixar pior do que estávamos ou ser inconsequente.
Mais uma vez fico confundido quando recordo que uma solução “tão estudada”, chegámos mesmo a ouvir Carlos Humberto referir “mais de 20 anos de estudos aprofundados” para agora ficarmos a saber por Joaquim Matias que afinal tanto estudo, ainda precisa que seja a Câmara Municipal do Barreiro a contrapor soluções para minimizar os impactos negativos no Barreiro. E mesmo assim só se fala em minimizar.
E a Câmara Municipal do Barreiro tem técnicos que consigam ombrear com os da RAVE e Estradas de Portugal para minimizar os impactos negativos que os primeiros não foram capazes de minimizar em “estudos aprofundados”?
Não duvido que a autarquia tenha tal património técnico, no entanto apetece-me perguntar por onde andaram estes técnicos ao longo de tantos anos, quando o Barreiro tanto precisou deles? Onde estavam quando se aprovou o Forum/Quinta das Cordoarias, no centro do Barreiro? Porque não minimizaram (nem previram) este impacto visual, viário e económico?
Que andam a fazer estes técnicos quando, recentemente, permitiram que se traçasse um arruamento para ligar o Barreiro ao Lavradio, pelo interior de uma zona empresarial que é a única mancha significativa de emprego no concelho (4000 postos de trabalho e 300 empresas que irão ver a sua movimentação condicionada pelo trânsito diário de milhares de viaturas)?
Quem são esses técnicos que permitiram a construção da Quinta da Mina que, menos de 8 anos após a sua construção necessita reparações orçadas em quase 1M€? Que trabalhos desenvolvem esses técnicos que ainda não souberam mostrar aos nossos políticos a necessidade de reparar os arruamentos mais movimentados da cidade, que estão cheios de buracos? (ver exemplo da Rua Miguel Pais, da Rua da CUF e a da Rua Dr. Manuel Pacheco Nobre, entre outras).
Escreve o “Jornal do Barreiro” no artigo em que cita Joaquim Matias que o município se depara com “um trabalho profundo que consiste em saber como inserir a ponte no Barreiro”.
Que pode o município definir num projecto de interesse Nacional? Alguma coisa depende da Câmara Municipal? Quando se tomou uma decisão política, que agora se sabe ir destruir em Palmela cerca de 20 hectares da melhor vinha do mundo, em que medida pode a Câmara do Barreiro condicionar esta opção?
Não estaremos de novo em bicos de pés ou, pior que isso, não estamos a atirar areia para os olhos da “malta”?
Quando os nossos autarcas deveriam ter tido a lucidez de estudar as consequências do impacto desta mega infra-estrutura, na cidade e no Concelho, gritaram a plenos pulmões que o Barreiro queria a Ponte. Os mesmos, dizem-nos agora, quererem negociar com o Governo para exigir portagens virtuais e uma “Gare do Oriente em vez de uma Santa Apolónia”.
A atitude do executivo camarário, que não é muito diferente da atitude das restantes forças políticas do Barreiro, é um autêntico “faz de conta que sabemos”, um “querer mostrar que se está perfeito conhecedor do que se passa e se decide” sem, contudo, conseguir esconder que tudo está a passar ao lado da Câmara do Barreiro.
A decisão, sobre o que parece serem as duas opções de traçado, está em cima da mesa da RAVE e até o LNEC “recomenda”, agora, a desfasar a construção da linha férrea da componente rodoviária, chegando mesmo a falar desta como uma segunda fase do empreendimento.
Não obstante estas evidências os nossos autarcas ajudam a RAVE a esconder o jogo quando deveriam, pelo contrário, ser os primeiros a clarificar a situação e a divulgá-la aos primeiros interessados, aqueles que vivem na proximidade das hipóteses de traçado consideradas.
Este silêncio, esta falta de divulgação de informação cria intranquilidade nos munícipes. Como é possível que um empreendimento deste tipo, que condiciona a vida de todos quantos vivem e trabalham no concelho do Barreiro, não mereça a publicação, no site da autarquia, da informação já disponível sobre o assunto?
Quando se fala de participação das populações na vida do concelho o site da câmara limita-se a revelar os fait-divers do quotidiano da gestão diária da autarquia, as iniciativas estéreis dos protocolos assinados, das visitas VIP da vereação a esta ou aquela organização, a pavimentação ou o arranjo de logradouros. O que é importante fica de fora!
Seria bom que, de uma vez por todas, os nossos políticos entendessem que 34 anos perdidos são mais que suficientes para admitir a incapacidade das suas propostas, das suas práticas e dos seus métodos de trabalho. Não falo em particular de nenhuma força política, mas de todas em especial.
O Barreiro perdeu 34 anos, durante os quais a centenária linha ferroviária do Sul se mudou para o Pinhal Novo, a CUF e a Quimigal morreram, não por falta de solidariedades, como referiu Carlos Humberto no programa Prós e Contras da RTP1, mas devido a discursos inflamados aos portões das fábricas, plenários sucessivos e greves com portões fechados a cadeado, incitadas por políticos locais que haveriam de liderar a autarquia e dar continuidade a uma política que teimou em desaproveitar recursos, humanos e materiais, desde que estes não se inscrevessem em determinada linha de ideais partidários.
O Barreiro perdeu 34 anos assistindo a duvidosas operações de loteamento como a Quinta dos Fidalguinhos, fase 1 e fase 2, a urbanização da Escavadeira, a Quinta das Naus, a Quinta das Cordoarias, do Alto da Vila (onde foi destruída uma mancha de pinheiros, junto ao cemitério da Vila Chã), ou o recente loteamento industrial junto à Mata da Machada, em Palhais, entre outras.
Quantos postos de trabalho foram criados com esta política imobiliária? Que qualidade de vida resultou daqui para o Barreiro e para os seus habitantes? Onde foram aplicadas as taxas cobradas com as licenças para tanta construção?
O pacote de rebuçados que nos apresentaram começa agora a mostrar o seu conteúdo. O Forum Barreiro da Quinta das Cordoarias começa a mostrar à população ter sido apenas um pretexto para permitir um empreendimento massivo de fogos de habitação que se pretendem vender a preços de luxo. Para quem? E se não forem vendidos que fazer com tamanho mastodonte?
A nova Ponte vai obrigar a demolir a Escola Álvaro Velho, introduzir uma praça de portagem entre o Hospital e o Campo dos Galitos e, muito provavelmente à demolição de uma franja de edifícios no Lavradio. A garagem dos TCB ou a sub-estação da EDP também não escaparão a esta necessidade nacional bem como a Escola 2-3 Padre Abílio Mendes e o ginásio da Secundária Augusto Cabrita.
A IC21, transformando-se numa via com portagem, deixará de servir de rodovia local. Vamos voltar ao Barreiro de há 30 anos atrás quando para irmos do centro do Barreiro para a Vila Chã tínhamos duas alternativas - pela Quinta da Lomba ou pela Baixa da Banheira, neste caso via Fidalguinhos.
O Mercado 1º de Maio aguarda pelo projecto que Juan Busquets ainda não fez, apesar de, para ir disfarçando, já estarem montadas as barreiras metálicas de protecção à obra transformando o centro do Barreiro numa paisagem de aspecto confrangedor. A pressa foi tanta que nem o abrigo da paragem de autocarros foi mudado para a nova localização desta e o quiosque dos jornais ficou escondido atrás dos tapumes.
Enquanto a APL termina as obras na Av. Bento Gonçalves vão caindo casas no Barreiro Velho e sendo colocadas placas sinalizando os buracos que vão aparecendo nos pavimentos dos arruamentos, da própria avenida e nas ruas interiores do Barreiro Velho.
Com a administração do parque empresarial do Quimiparque assinam-se protocolos que transformam terrenos que sendo do Estado Português são de todos nós, em terrenos que servem interesses privados, como é o caso do novo arruamento que, sendo construído a expensas do Quimiparque, servirá o novo Centro Comercial Forum Barreiro.
Junta-se a este interessante protocolo o excelente negócio dos Bombeiros Sul e Sueste a quem serão oferecidos dois edifícios, no interior do Quimiparque, a custo zero, mas completamente remodelados e equipados, de novo a expensas desta empresa de capital público, depois de a mesma ter cedido um terreno para a construção do quartel definitivo desta corporação, no valor de algumas centenas de milhares de euros.
Nada de espantar uma vez que é também o Quimiparque que está a suportar os custos das obras de adaptação do antigo refeitório da zona têxtil, para que nele funcione a esquadra da PSP e é ainda esta mesma empresa que irá pagar as obras de remodelação de um conjunto de edifícios, das antigas fábricas da Sotinco, para os entregar à autarquia, que neles instalará alguns dos seus serviços.
Quanto à ligação entre o Barreiro e o Lavradio através do parque empresarial, outro dos protocolos assinados, obriga a que seja também o Quimiparque a executar, pagar e manter em perfeitas condições as alterações a fazer à rua interior do complexo para a tornar pública.
Para quem fala tanto em incentivar o investimento, para quem não se cansa de aparecer em cerimónias a elogiar os empresários que investem no concelho e até a apadrinhar alguns investimentos (outras vez na área do imobiliário) é no mínimo estranho que se tenha optado por ligar o Barreiro ao Lavradio partindo ao meio, o parque empresarial do Quimiparque.
Afinal em que ficamos, Sr. Presidente Carlos Humberto, queremos mesmo o Quimiparque com empresas ou os 300 hectares pretendem-se transformados em taxas para licenças de construção?
E que pretende a administração do Quimiparque? Esbanjar dinheiro público, tornar economicamente inviável um parque empresarial com potencialidades, como poucos têm em Portugal, para justificar a sua alienação em lotes para construção de habitação?
Que se ganha com isto? Terá o Estado mais interesse nisso ou em manter os actuais 4000 postos de trabalho existentes e até aumentá-los para 5000 ou 6000?
Minhas senhoras, meus senhores gostava mesmo de saber o que vai na cabeça desta gente, palavra de
Captain Jack
13 comentários:
Com a administração do parque empresarial do Quimiparque assinam-se protocolos que transformam terrenos que sendo do Estado Português são de todos nós, em terrenos que servem interesses privados, como é o caso do novo arruamento que, sendo construído a expensas do Quimiparque, servirá o novo Centro Comercial Forum Barreiro.
O Contrato de Urbanização das Cordoarias previa a execução dessa mesma via, como uma das obras a ser entregue ao Município no lugar do pagamento de taxas.
Agora é uma empresa pública que a vai custear...
Foi canalizada a verba que o urbanizador dispenderia para que outra obra?
Mercado Insuflável? Parqueamento na zona polis? Mercado 1.º de Maio ?
Ninguém sabe, pois não?
Obrigado, senhor Capitão.
Este seu post refere muitas das coisas que transformaram esta terra no pântano onde se atolam as nossas melhores esperanças.
Dá licença que publique lá no boletim da unidade?
Terá honras de estado(sombra).
É tal a bandalheira em que a coisa já está que qualquer dia esta terra não tem remédio.
O Senhor Presidente da Câmara a que todos, até os seus opositores pollíticos, louvam a honestidade, está-se a meter num atoleiro que nem ele sabe!
Não acharam estranho que, assim tipo grande notícia, o Senhor Presidente tenha vindo a público dizer que, afinal, a Multi Devlopment Portugal (a do Forum Barreiro) iria suportar o custo do arranjo da Av. Alfredo da Silva?
Trata-se da obra do mandato. Acreditem! De facto é a unica que poderá ser politicamente "vendida" como tal, já que todas as outras, ou foram iniciadas/projectadas pela gsetão anterior, ou são da responsabilidade de entidades terceiras (APL, SIMARSUL, etc.). Muito embora os nossos queridos vereadores vão subtilmente omitindo esta verdade, colocando-se até cartazes altamente enganadores como aquele da Av. da Praia que dá descaradamente a entender que é a CMB a responsável pelas obras da muralha.
Assim, apesar de ter sido refeita há pouco mais de três anos, lá se vão fazer umas obritas que serão ceratmente da treta e um autêntico desperdício de recursos.
Mas é o que se arranja para o papalvo do eleitor!
Nunca vi tanta estupidez junta, em comentários tão pequenos.
A má língua barreirense na seu melhor. E interesses políticos subterrâneos. Obviamente.
Até um cego via. Irra.
Um dos males do Barreiro sempre foi inveja/dor de cotovelo.
Aqui está um bom exemplo nestes dois anteriores comentários.
Palmas para as "mentes brilhantes" que os escreveram.
E se gostassem um bocadinho mais do Barreiro ? Hã ? Que acham ?
Oh Óscar. Vá-se catar!
Então você acha que esbanjar recursos só para apresentar obra que nãos serve para rigorosamente nada, é não gostar do Barreiro?
Que estranha forma de "amar"!
Fala em "interesses políticos subterrâneos"?
Acertou em cheio! Mas... do seu presidente da câmara.
Não foi ele que mandou lá por o tal cartaz da muralha?
Agradecemos as palmas e os elogios.
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http://barreiroonline.forumeiros.com/index.htm
Um dia por Lisboa, 27 de Maio, 18 horas, Jardim de Inverno do São Luiz Teatro Municipal
CADA VEZ MAIS CASAS,
CADA VEZ MENOS GENTE
Teatro São Luiz, 27 de Maio de 2008
(mais) uma sessão cívica
"UM DIA POR LISBOA – Fazer e Não Fazer"
A sessão de dia 27 de Maio será dividida em 3 painéis, entre as 18h e as 23h. em que vão participar diversas personalidades:
18h – 19.30h - O despovoamento da cidade de Lisboa e a dispersão metropolitana
19.30h – 20.30h - Construção vs. reabilitação
21h – 22h - Imobiliário e direitos adquiridos vs. interesse público
22h – 23h - Debate institucional
Vão estar presentes entre outros:
Augusto Mateus, Manuel Graça Dias, João Cleto (Movimento Porta 65 Fechada), Luís Campos e Cunha, Leonor Coutinho, Carlos Pimenta, Isabel Guerra
Debate final
João Ferrão, Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades
Manuel Salgado, Câmara Municipal de Lisboa
Fonseca Ferreira, CCDRLVT
Carlos Humberto, Junta Metropolitana de Lisboa (e presidente da Câmara Municipal do Barreiro)
Moderação: Luísa Schmidt e Nuno Artur Silva
Mais informações através do contacto telefónico: 213 864 554
http://cidadescriativas.blogs.sapo.pt/207040.html
Espero que pelo menos um dos órgãos de comunicação social barreirense faça a reportagem sobre este evento. Para que veja a”maleabilidade” de alguns discursos.
Peço desculpa mas devo ter vindo parar aqui por engano.
Foi concerteza o XX que me enlevou.
Já agora este espaço chama-se Barreiro XX...I por alguma razão especial?
Vocês são 21?
É apenas uma pessoa, com 21 anos?
Bom, já que por aqui estou, aconselho a leitura do livro "Blog Wars" e, acima de tudo as respectivas críticas na imprensa internacional que hoje, graças a ... está disponível na INTERNET. Ou seja, na INTERNET, agora estou aqui e ...em poucos segundos estou num blogue a sério, daqueles do século 21 (não levará a mal a a numeração árabe...) que sabem que as pessoas percebem logo a natureza das coisas e das opiniões e assim. Na INTERNET, que é uma coisa fabulosa, até há blogues pagos e tudo. Mesmo que seja a longo prazo...
Não temos por hábito responder a todos os comentários aqui deixados mas há uns (2 até hoje, incluindo este) que o mereceram.
Caro amigo BARREIROXXI não tem que ver nem com a idade das pessoas que fazem este blog, nem com o número de pessoa que o fazem ou sequer com o QI de nenhum de nós (nem com o su, esperamos).
Pedimos-lhe, no entanto, desculpa por o duplo "X" (XX) o tenha trazido até nós Certamente andaria em busca de algum dos sites que, normalmente se caracterizam por terem 3 "X" (XXX) no nome, daqueles que, como disse:
"do século 21 (...) que sabem que as pessoas percebem logo a natureza das coisas e das opiniões e assim (..."
mas olhe, meu amigo esses são mesmo pagos!
http://pftv.sapo.pt/?v=53zlVQwTHjjOznyjC246
http://pftv.sapo.pt/?v=G9ZCjTqbOGr23LQpg2WT
http://pftv.sapo.pt/?v=Py03IWcQrg9fFFvzEOSO
http://pftv.sapo.pt/?v=fAglz2uEZGMSl7FPzlzL
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